No Verão de 1325, uma rainha viúva avança silenciosa pelos caminhos antigos, entre o luto e a esperança. De hábito escuro e alma ferida, D. Isabel de Aragão parte numa peregrinação que é também um mergulho interior.

Em plena Idade Média, o silêncio das estradas e o bailado inesperado de um pássaro vão entrelaçar-se com presságios, memórias e visões. Uma mulher move-se agora entre mundos: entre a realeza terrena e a divina, entre o visível e o invisível. E se é verdade que as lágrimas não pertencem apenas aos mortais comuns, este caminho mostrará que até as santas choram. Setecentos anos separam-nos da vida de uma mulher que, na agitação da corte e na vastidão dos campos de um reino medieval, soube fazer da paz e da caridade o seu legado mais profundo.

Rainha por título, santa por escolha e acção, D. Isabel atravessa o tempo e permanece viva no coração do Povo.